sexta-feira, 29 de abril de 2011

A EVOLUÇÃO DO MARKETING AMBIENTAL

Vivemos numa época de mudanças rápidas e intensas, momento de reflexão das relações humanas acerca dos valores, visando sempre um mundo melhor. Nossas necessidades precisam ser satisfeitas, mas é preciso considerar também as necessidades das gerações futuras.
Foi no século XX, que ocorreu a necessidade de preocuparmos mais com o meio ambiente, bem como refletir sobre a nova sociedade do consumo e sobre todos os desgastes sofridos pelo meio ambientes, perante o avanço da poluição e do desperdício que cada vez mais tem ganhado importância nos debates sócio-econômicos. A emergência de construir um mundo melhor, no qual haja qualidade de vida e trabalho digno para todos, está aos poucos conscientizando as pessoas em consumir produtos ecologicamente corretos.
Nesse sentido o marketing ambiental ganha importância, já que este é um conjunto de técnicas e aplicações que visa atender as necessidades e desejos dos consumidores que possuem consciência ecológica, sobretudo planejando e desenvolvendo um mercado e sociedade sustentável.
O marketing ambiental nas empresas é utilizado como ferramenta para projetar a imagem da mesma a respeito de sua capacidade de produzir e distribuir seus produtos de forma sustentável. Em cadeia, todo o planejamento de marketing ambiental destaca o valor da empresa desde a coleta de insumos e fabricação do produto até a sua exposição no mercado de maneira ecologicamente correta.
No âmbito empresarial ainda pode ser definido como um gestor que busca antever as exigências ambientais dos consumidores, mantendo a margem do lucro empresarial sustentável. Atualmente, além das correntes de pensamento e preocupações com o meio ambiente, o consumidor possui largo acesso à informação, que o capacita a valorizar os benefícios de um produto que respeita o meio ambiente e a saúde de quem o consome.

domingo, 10 de abril de 2011

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O AMBIENTE ESCOLAR

Quem planeja a curto prazo deve cultivar cereais, a médio prazo, plantar árvores, a longo prazo, deve educar pessoas. (Kwantzu, China, A. C.)

A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu capítulo VI, art. 225 do Meio Ambiente, expõe: “Todos têm direito ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Temos o direito e o dever sim, mas, o nosso meio não condiz com este ambiente ecologicamente equilibrado.
Os movimentos ecológicos, vão surgindo fundamentados na crítica a modernidade, aos modelos de desenvolvimento capitalista e neoliberal, propondo a autogestão, o desarmamento e etc. Nas duas últimas décadas, esse pensamento se expandiu, dando origem a inúmeras inclinações, não sendo mais privilégio de um grupo minoritário, mas sim, planetário.
Este texto levará a reflexão para a prática da educação ambiental dentro de um contexto ecológico, político e social, o que aumenta o desafio para a educação ambiental de formar cidadãos que possam participar da tomada de decisões sobre assuntos que dizem respeito a grupos sociais e étnicos muito diferentes, geralmente controlados por grupos que dominam a economia e a política, com interesses muito mais homogêneos.
De acordo com Reigota (2002, p.28) a educação ambiental tem contribuído para uma profunda discussão sobre a educação contemporânea em geral, já que as concepções vigentes não dão conta da complexidade do cotidiano em que vivemos nesse século.
Nessa perspectiva, é preciso mostrar a toda comunidade e instituição escolar a necessidade desta ser cada vez mais um ambiente agradável e saudável, que contribua para o desenvolvimento e construção do conhecimento do aluno de forma que os mesmos possam desfrutar desse ambiente com satisfação despertando em si a necessidade de preservar o meio ambiente e as várias maneiras de usufruir os bens naturais da terra de forma que não prejudiquem o meio.
Para tanto, se faz necessário a identificação das representações das pessoas envolvidas no processo educativo, já que o espaço, os meios natural e social, também transformam o homem. Sendo que as transformações interna e externa caracterizam a história social e a história individual onde se visualizam e manifestam as necessidades, a distribuição, a exploração e o acesso aos recursos naturais, culturais e sociais de um povo.
Aos educadores cabe a tarefa de se tornem multiplicadores de Educação Ambiental, preenchendo o vazio que existe nas escolas, com um enfoque fundamental para fazer efetiva a construção de uma cidadania crítica e responsável, capaz de participar de forma democrática nas decisões políticas, econômicas e ecológicas do desenvolvimento sustentável.
Para Reigota (p. 10) a educação ambiental é uma proposta que altera profundamente a educação como a conhecemos, não sendo necessariamente uma prática pedagógica voltada para a transmissão de conhecimentos sobre ecologia. Trata-se de uma educação que visa não só a utilização racional dos recursos naturais, mas basicamente a participação dos cidadãos nas discussões e decisões sobre a questão ambiental.
A necessidade de produzirmos riquezas infinitamente, deve estar alicerçado em um desenvolvimento auto-sustentado, na qual a relação do homem com o meio ambiente deve ser considerado. Não é preciso domar a natureza, mas sim aprender com ela.
Ler e aprender os direitos e deveres definidos na constituição, assim como ter conhecimento das propostas dos Parâmetros Curriculares Nacional (PCNs) é uma coisa, outra é colocá-la em prática. Um passo além do mero conhecimento teórico é poder trocar idéias sobre estes direitos e deveres e sobre as necessidades sentidas em nossa realidade, de compartilharmos o meio ambiente, com uma finalidade determinada, a de melhorar nossa qualidade de vida. Ela será sempre aquela que formos capazes de construir.
A nossa capacidade de construção depende de nossa consciência ambiental. Esta se forma ao longo de nossa participação, ou seja, ao longo do exercício de nossos poderes enquanto cidadãos. É desenvolvendo a cidadania que iremos alcançar o meio ambiente que merecemos.


Referências Bibliográficas

BRASIL. Capítulo VI, do Meio Ambiente. In: Constituição 1988: Texto constitucional de 5 de outubro de 1988 com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nº 1/92 a 26/00 e Emendas Constitucionais de revisão nº 1 a 6/94 – Ed. Atualizada em 2000. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de edições técnicas, 2000. p. 124-125.

MEC/BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (mimeo). Brasília, Agosto, 1996.

PARAMETROS CURRICULARES NACIONAL. Meio Ambiente e Saúde. V. 9. Brasília, 1997.

REIGOTA, Marcos. Meio Ambiente e Representação Social. 5ªed. São Paulo: Cortez, 2002. (Coleção questões da Nossa época; v. 41).

O MUNDO DO TRABALHO NO COMANDO DA EDUCAÇÃO DE UMA SOCIEDADE GLOBALIZADA

A globalização reflete as mudanças sociais, políticas e econômicas, trazendo riscos e oportunidades. Com o surgimento desta concentra-se a renda e aumenta a exclusão social. Os países ricos continuam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, o que influencia diretamente na educação.
As classes menos privilegiadas retratam o fracasso escolar onde a maioria dos indivíduos não conclui nem ao menos o ensino fundamental. Este fato faz com que o mercado não consiga sua mão-de-obra qualificada e o desenvolvimento científico e tecnológico fique aquém dos continentes menos desenvolvidos.
Com a globalização e as mudanças ocorridas no setor capitalista a formação superior vem assumindo o papel da formação de profissionais capazes de gerar novas tecnologias a serviço do capital produtivo.
A formação profissional no ensino convencional está em descompasso com a prática profissional, isto é em todos os níveis, o que podemos considerar que a escola forma o trabalhador, mas é a empresa que qualifica o trabalho.
A expansão do ensino superior vem propagando maiores oportunidades de acesso a educação superior, mesmo sendo esta privada; o que reflete na preocupação da qualidade destes cursos de uma educação excludente.
A função do ensino superior era a formação especializada para atender a qualificação profissional para todos os campos da economia.
A exigência de um conhecimento mais amplo tornou-se uma necessidade do mundo do trabalho no qual a formação continuada inter e multidisciplinar tornou-se fator fundamental das mudanças ocorridas no mercado profissional e intelectual. Exigem-se mais competências e habilidades que vão além da satisfação pessoal, passa a ser trabalhado as atividades em grupo e a socialização do trabalho.
A educação no contexto geral foi se especificando a partir da necessidade de mudanças ocorridas no mundo capitalista industrial. Necessitava-se de uma mão-de-obra qualificada de uma força de trabalho, que para o funcionamento da sociedade, a escola deveria assumir o papel de inserir este indivíduo no mundo do trabalho atendendo necessidades individuais e coletivas.
O papel da escola contemporânea seria despertar no individuo o interesse pela busca do conhecimento do aprender a ser, viver e conviver, em um mundo de idéias prontas e acabadas, manipuladoras de seres que estão sendo formados numa ótica extremamente robotizada e excludente.